Sean Connery, Glenn Close, Sidney Lumet... madrugada reserva boas surpresas
À 1h20, passa "O Golpe de John Anderson", nome terrível para "The Anderson Tapes", "thriller" dirigido em 1971 por Sidney Lumet (1924-2011) em que Sean Connery faz um ladrão que sai da cadeia depois de dez anos e resolve praticar um espetacular assalto a um prédio de luxo.
Veja um trecho do filme em que Sean Connery contracena com um jovem ator de 27 anos chamado Christopher Walken…
É um filme menor na carreira de Lumet, diretor de obras-primas como "Doze Homens e Uma Sentença" ( 1957), "O Homem do Prego" (1964), "Um Dia de Cão" (1975) e "Rede de Intrigas" (1976), mas merece ser visto, não só pela engenhosa descrição do assalto, quanto pelo fato de ser um dos primeiros filmes policiais a lidar com o tema da vigilância e câmeras de segurança, assunto que estava em voga no cinema policial e político do início dos anos 70, em filmes como "A Conversação" (Francis Ford Coppola, 1974) e "A Trama" (Alan J. Pakula, 1974).
Mais tarde, às 4h45 (para isso existe a função "REC"!), passa "O Fio da Suspeita" (1985), de Richard Marquand.
O filme foi escrito por um dos roteiristas mais famosos dos anos 80, Joe Eszterhas, um ex-repórter da revista "Rolling Stone" que roteirizou grandes sucessos de bilheteria como "Flashdance" (1983) e "Instinto Selvagem" (1992).
Em "O Fio da Suspeita", Glenn Close faz uma advogada que defende um milionário (Jeff Bridges) acusado de matar a esposa. Óbvio que, escrito por Eszterhas, o filme não demora a colocar advogada e cliente na cama.
Os roteiros de Eszterhas traziam quase sempre a mesma fórmula: sexo e crime em meio a ricaços e/ou celebridades. Depois de "Instinto Selvagem", ele ficou tão famoso que recebeu 1,5 milhão de dólares para escrever uma sinopse de duas páginas do filme policial "Jade", e mais 400 mil dólares simplesmente para colocar seu nome como produtor-executivo daquele abacaxi.
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