Topo

Mark Lanegan, L7, Built to Spill: prepare o bolso!

André Barcinski

20/06/2018 05h59

Não sei se foram os astros ou algum surto de bom gosto de nossos promotores, mas o fato é que o segundo semestre de 2018 está pródigo em grandes shows. Em ordem cronológica, aqui vão cinco shows imperdíveis:

Mark Lanegan


Um dos maiores cantores do rock retorna ao país depois do ótimo disco "Gargoyle" (2017). Mas que ninguém espere ouvir o synthpop sombrio desse disco; Lanegan já avisou que vem como um trio e que tocara "música tranqüila". Lanegan fará show único no Cine Jóia, em São Paulo, em 8 de setembro.

Killing Joke


Será que agora vai? Depois de anunciar e cancelar pelo menos três turnês brasileiras, o Killing Joke, uma das maiores bandas do pós-punk, chega ao país para show único no Carioca Club, em São Paulo, em 23 de setembro. Tive a sorte de ver a banda ao vivo algumas vezes, e foram alguns dos melhores shows da minha vida. E se nenhuma briga acontecer nos próximos meses, a banda deve chegar ao Brasil com o quarteto de sua formação original: Jaz Coleman (vocais), Geordie (guitarra), Youth (baixo) e Paul Ferguson (bateria). Não perca de jeito nenhum.

Nick Cave and the Bad Seeds


Outro que não vem ao Brasil há um tempão (sua única turnê por aqui rolou em 1989), Cave está na melhor fase da carreira, lançando discos como "Skeleton Tree" e "Push the Sky Away", que estão entre seus melhores trabalhos. Toca no Espaço das Américas em 14 de outubro.

Built to Spill


O BTS é criação de Doug Martsch, há mais de 25 anos o centro – e único integrante fixo – da banda. Vai ter muito indie chorando na camisa do Pavement quando Martsch cantar "Carry the Zero". Uma grande banda, que vem pela primeira vez ao Brasil para dois shows: dia 8 de novembro em Belo Horizonte (no festival Música Quente), e 9 de novembro no Fabrique, em São Paulo.

L7


Aí sim: 25 anos depois de sua única turnê no Brasil, o L7 volta para dois shows, dia 1º de dezembro no Circo Voador (RJ) e 2 de dezembro no Tropical Butantã (São Paulo). O L7 surgiu na virada dos anos 80 para os 90, em pleno apogeu da cena "grunge", e por isso foi meio que jogado naquele balaio. Mas a praia das meninas era mais Black Flag que Black Sabbath, como ficou claro no antológico disco "Bricks are Heavy", de 1992. Ao vivo, poucas bandas chegam perto do L7. Outro show que não dá pra perder.

Visite meu site: andrebarcinski.com.br

Sobre o autor

André Barcinski é jornalista, roteirista e diretor de TV. É crítico de cinema e música da “Folha de S. Paulo”. Escreveu sete livros, incluindo “Barulho” (1992), vencedor do prêmio Jabuti de melhor reportagem. Roteirizou a série de TV “Zé do Caixão” (2015), do canal Space, e dirigiu o documentário “Maldito” (2001), sobre o cineasta José Mojica Marins, vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Sundance (EUA). Em 2019, dirigiu a série documental “História Secreta do Pop Brasileiro”.

Sobre o blog

Música, cinema, livros, TV, e tudo que compõe o universo da cultura pop estará no blog, atualizado às terças-feiras.